Relação IFES-SUS
Proposta de Institucionalização da Articulação da IES/SUS A história da Universidade Federal de Goiás registra, ao longo do tempo, estreita vinculação com o sistema público de saúde, vinculação que se exemplifica com a gestão conjunta durante mais de trinta anos e até a atualidade, do hospital de doenças tropicais, nascido como hospital do pênfigo e que hoje leva o nome de um falecido professor do curso de medicina. O próprio ato de criação da Faculdade de Medicina a caracterizou como resposta aos problemas de medicina tropical, pela condição sócio-geográfica típica da região. A criação do primeiro plano municipal de saúde, ainda antes da implantação do sistema único vigente, foi gestada na universidade e sua implantação contou com a participação efetiva de docentes e alunos da universidade. A introdução da Secretaria Estadual de Saúde nos movimentos de reforma sanitária se deu dentro da universidade que, posteriormente, formou o seu quadro de sanitaristas, em convênio com a FIOCRUZ. Não se registra solução de continuidade na integração filosófica e operacional entre a Universidade e o Estado, em relação à saúde. Existe, portanto, viabilidade total para que novos objetivos educacionais se concretizem, em uma aproximação entre a teoria e a prática na formação do profissional de saúde. Este é um momento propício para a dinamização de tal proposta, já que o atual Secretário Municipal de Saúde é professor do curso médico e comunga com as idéias da atual direção. A vocação natural da Faculdade de Medicina/UFG para a regionalização e sua conseqüente preocupação com as chamadas doenças tropicais tem orientado o processo de pós-graduação, em um aprofundamento de questões epidemiológicas contextualizadas, embora isto se dê de forma acidental e por decisões individualizadas, sem intenção político-gerencial. Destacam-se visíveis e respeitáveis núcleos de mudanças pedagógicas, em que o ensino se dá sobre a leitura interpretativa da realidade e através do desenho de projetos de intervenção, devidamente avaliados e com resultados que se revertem para o SUS. Apesar de tais condições potenciais, os fatores de coesão não se apresentam ainda suficientemente fortes para definirem a abordagem curricular como um todo, nem suficientemente amplos para atingirem, de forma vertical, o processo de ensino. É chegado o momento de institucionalizar esta cooperação, traduzindo-a em efetivo processo de mudança pedagógica e de conseqüente alteração curricular, projeto este que se detalha a seguir e que expande os limites de sua atuação para o sistema municipal de saúde, centrando, inicialmente, as atividades em dois distritos sanitários e nas unidades de saúde que lhe dão cobertura. Mantém os vínculos com as unidades hospitalares já envolvidas no processo anteriormente e amplia-se o leque para cobrir unidades psiquiátricas e de reabilitação.
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